"Você foi feliz nessa vida"? "Sua vida fez outras pessoas felizes"?
Segundo a poética crença egípcia, estas duas perguntas simples eram os fiéis da balança que indicavam se, depois da morte, aquele espírito podia ir para o paraíso. Bastava uma única resposta negativa e Anúbis apontava com seu cetro direto para o caminho da danação.
A morte soa assustadora para muitos. Mas porque expõe como a vida foi de fato vivida, ela é o único extremo capaz de nos mostrar de que forma ela DEVE ser realmente vivida. Não sou fã de dogmas, detestos regrinhas que generalizam e condenam cada nuance da existência individual a abranger o âmbito comum e tornar-se desesperadamente uniforme e fechada. Isso não combina com a idéia de a vida ser um contínuo colher de experiências.
No entanto, o âmbito comum é ao mesmo tempo indispensável para que cada experiência seja real e, portanto, válida. Ser feliz está intrinsecamente condicionado a fazer os outros felizes.
É uma lei do universo. Como a máxima ditada pelos antigos que diz: cuidado, os egoístas morrem sós. Na verdade, esse pensamento é equivocado. Todos morremos sós. A morte é um portal que não se atravessa de outro modo, a não ser sozinho. Mas associar egoísmo e solidão é o mesmo que associar altruísmo e integração, só que do outro lado do espelho.
Outra coisa de que não gosto, o maniqueísmo que impõe determinismos condicionantes e portanto, dogmáticos. E, no entanto, há que se enxergar cada extremo... o positivo e o negativo, que são como abismos enormes de cada lado do caminho enquanto a trilha é como o fio de uma faca no qual nos equilibramos do nascimento até a morte.
Pra muita gente essa imagem faz um sentido tremendo. E aí fico especulando... será que então,
caminhar junto é como alargar um pouquinho essa estrada, tornando-se mais livre e dessa forma, evitando cair nos abismos? Será que é por isso que os homens são seres gregários?
Pode soar estranho colocar o Bem ideal como abismo assustador... mas para nós, que somos imperfeitos eu acredito que é assustador sim. É inconcebível. Nossa visão limitada só faz enxergar o espaço entre dois limiares, mas nunca o que há de lá das fronteiras... Por isso a vida terrena depende de equilíbrio e vigilância constantes...
Mas aí, quando morremos... cai finalmente o pano. E podemos ver. Bem estilo The Doors, mas sem todo o LSD: Quando as portas da percepção forem abertas, as coisas irão surgir como realmente são, infinitas! Infinitas, porque são capazes de abranger os dois extremos, ao mesmo tempo... e então não há mais subterfúgios ou álibis.
Nossa, um post tão misterioso quanto a própria morte!
C'est fini.
Segundo a poética crença egípcia, estas duas perguntas simples eram os fiéis da balança que indicavam se, depois da morte, aquele espírito podia ir para o paraíso. Bastava uma única resposta negativa e Anúbis apontava com seu cetro direto para o caminho da danação.
A morte soa assustadora para muitos. Mas porque expõe como a vida foi de fato vivida, ela é o único extremo capaz de nos mostrar de que forma ela DEVE ser realmente vivida. Não sou fã de dogmas, detestos regrinhas que generalizam e condenam cada nuance da existência individual a abranger o âmbito comum e tornar-se desesperadamente uniforme e fechada. Isso não combina com a idéia de a vida ser um contínuo colher de experiências.
No entanto, o âmbito comum é ao mesmo tempo indispensável para que cada experiência seja real e, portanto, válida. Ser feliz está intrinsecamente condicionado a fazer os outros felizes.
É uma lei do universo. Como a máxima ditada pelos antigos que diz: cuidado, os egoístas morrem sós. Na verdade, esse pensamento é equivocado. Todos morremos sós. A morte é um portal que não se atravessa de outro modo, a não ser sozinho. Mas associar egoísmo e solidão é o mesmo que associar altruísmo e integração, só que do outro lado do espelho.
Outra coisa de que não gosto, o maniqueísmo que impõe determinismos condicionantes e portanto, dogmáticos. E, no entanto, há que se enxergar cada extremo... o positivo e o negativo, que são como abismos enormes de cada lado do caminho enquanto a trilha é como o fio de uma faca no qual nos equilibramos do nascimento até a morte.
Pra muita gente essa imagem faz um sentido tremendo. E aí fico especulando... será que então,
caminhar junto é como alargar um pouquinho essa estrada, tornando-se mais livre e dessa forma, evitando cair nos abismos? Será que é por isso que os homens são seres gregários?
Pode soar estranho colocar o Bem ideal como abismo assustador... mas para nós, que somos imperfeitos eu acredito que é assustador sim. É inconcebível. Nossa visão limitada só faz enxergar o espaço entre dois limiares, mas nunca o que há de lá das fronteiras... Por isso a vida terrena depende de equilíbrio e vigilância constantes...
Mas aí, quando morremos... cai finalmente o pano. E podemos ver. Bem estilo The Doors, mas sem todo o LSD: Quando as portas da percepção forem abertas, as coisas irão surgir como realmente são, infinitas! Infinitas, porque são capazes de abranger os dois extremos, ao mesmo tempo... e então não há mais subterfúgios ou álibis.
Nossa, um post tão misterioso quanto a própria morte!
C'est fini.
Erica, gosto muito das suas idéias, mas acho que o seu jeito de escrever algumas coisas carece da simplicidade... Eu entendo, mas acho q quanto mais difícil e mais confuso com rodeios e emaranhamentos, fica mais cheio de caminhos e bifurcações desnecessárias... pq não postar assim: A Morte É. ... pronto, mais simples, conciso, suscinto, sofisticado, clean, soft... You got the Idea.
ResponderExcluireu não posso dizer o que a morte é, pq não posso ser categórica sobre esse assunto! Eu não sei como ela É!!! O estilo do texto acompanha essa dúvida.. por isso termina com:"nossa, um post tão misterioso quanto a própria morte"... Isso se chama estilo literário, cherie.
ResponderExcluiré cherry... nao cherie... ai, ai, ai, menina GLOBALIZADA.
ResponderExcluircherry é cereja em inglês! e eu estava escrevendo francês... FRANCÊS!!!
ResponderExcluirhave you got the idea?
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