"Things you own, end up owning you" Esse aforismo do lendário personagem Tyler Durden do filme O Clube da Luta, que sempre cito nos posts quando quero falar sobre a ilusão do consumo, significa (para quem não entende inglês) que as coisas que você possui acabam te possuindo.
Pra quem entende inglês, português e até mandarin significa que nos colocamos dia após dia numa lógica absurda de nos matar de trabalhar com a finalidade de ter e ter cada vez mais coisas... afinal untill you have it all you can't be free... E que o acúmulo delas prova a toda sociedade que somos, com o perdão da redundância enfática; maiores, melhores, superiores e mais hegemônicos que os fracassados que nada possuem... Meio parecido com a fabulazinha da cigarra e a formiga: a contraposição alegórica entre a letalidade implícita no exercício da arte pela arte e a compensação advinda da racionalização do trabalho e extinção do tempo livre.
Mas este não é um post anárquico que continua o parágrafo anterior advertindo sobre as mazelas do trabalho mecanizado e o sacríficio do self enquanto meio de acúmulo de bens materiais... E nem expõe a hipocrisia latente em tal advertência...
Quem quiser ouvir sobre isso pode ler muitos Marx, Adornos, Bakunins e Galeanos.
O que há de novo e válido em toda essa idéia já tão gasta e inócua (inócua porque, no fim das contas, ninguém está nem aí com a baboseira teórica e queria mesmo era ter 4 ferraris e 7 BMWs na garagem de suas 5 mansões) é que parece que até o presente momento ninguém se deu conta de que esse "sonho de posse" só é possível para, chutando alto, 10% da população mundial. Sim, sei que não é uma estatística nova. Todos já cansamos de ouvir a notícia do jornal que insiste em repetir a desigualdade da concentração de riquezas no planeta.
O que ninguém parece perceber é que todos compramos e consumimos o sonho que só muito poucos podem de fato trazer para a realidade. E é justamente esse consumo ideológico que alimenta a aparente injustiça aqui declarada.
Seja pela finitude dos recursos ou espaços físicos e sociais existentes na nossa forma de estruturar as relações humanas, continuar acreditando que a posse material é um fim digno não vai fazer nunca com que o mundo se torne um lugar sustentável. Só poderia ser assim se as chances de todos fossem equânimes na hora da largada. E podemos dizer que são? Podemos dizer que serão someday?
Mas não nos abalemos. Sugiro que cada um que se decepcione com o determinismo desta conclusão, pare de trabalhar feito louco por 2 horinhas e assista a um filminho muito bacana chamado O Mágico de Oz. Não pela Dorothy e seu inseparável trio, nem pela bruxa má do leste ou pelo mágico charlatão. Mas pela mensagem purificadora dessa obra que, em linhas gerais, diz que nada do que nos pode ser tirado pertence realmente a nós.
Deixar-se ser possuído pelas coisas que acreditamos possuir, é o mesmo que deixar de cultivar o que de fato é nosso. Não que o trabalho não seja importante e que muito mais vale ser uma cigarra hippie e violonística sem nenhum vintém. Melhor é pensar que essa cigarra seja remunerada por seu trabalho e que durante o inverno tropical possa mesmo ser contratada para uma temporada em Saint Tropez. E que a formiga possa deixar seu inverno um pouquinho mais alegre ouvindo a amiga popstar no seu mp3 player enquanto descansa do fatigante trabalho da estação passada empanturrando-se com os cereais orgânicos que armazenou.
Isto significa que cada indivíduo é membro atuante de uma comunidade simbiótica e equilibrada, portanto, sustentável. Cada um ocupa o lugar que deseja ocupar por escolha e determinação das próprias atitudes. O que é diferente de ser engrenagem motriz de uma máquina de fazer dinheiro, tempo e felicidade pra alguém que nunca é ele próprio.
Pra quem entende inglês, português e até mandarin significa que nos colocamos dia após dia numa lógica absurda de nos matar de trabalhar com a finalidade de ter e ter cada vez mais coisas... afinal untill you have it all you can't be free... E que o acúmulo delas prova a toda sociedade que somos, com o perdão da redundância enfática; maiores, melhores, superiores e mais hegemônicos que os fracassados que nada possuem... Meio parecido com a fabulazinha da cigarra e a formiga: a contraposição alegórica entre a letalidade implícita no exercício da arte pela arte e a compensação advinda da racionalização do trabalho e extinção do tempo livre.
Mas este não é um post anárquico que continua o parágrafo anterior advertindo sobre as mazelas do trabalho mecanizado e o sacríficio do self enquanto meio de acúmulo de bens materiais... E nem expõe a hipocrisia latente em tal advertência...
Quem quiser ouvir sobre isso pode ler muitos Marx, Adornos, Bakunins e Galeanos.
O que há de novo e válido em toda essa idéia já tão gasta e inócua (inócua porque, no fim das contas, ninguém está nem aí com a baboseira teórica e queria mesmo era ter 4 ferraris e 7 BMWs na garagem de suas 5 mansões) é que parece que até o presente momento ninguém se deu conta de que esse "sonho de posse" só é possível para, chutando alto, 10% da população mundial. Sim, sei que não é uma estatística nova. Todos já cansamos de ouvir a notícia do jornal que insiste em repetir a desigualdade da concentração de riquezas no planeta.
O que ninguém parece perceber é que todos compramos e consumimos o sonho que só muito poucos podem de fato trazer para a realidade. E é justamente esse consumo ideológico que alimenta a aparente injustiça aqui declarada.
Seja pela finitude dos recursos ou espaços físicos e sociais existentes na nossa forma de estruturar as relações humanas, continuar acreditando que a posse material é um fim digno não vai fazer nunca com que o mundo se torne um lugar sustentável. Só poderia ser assim se as chances de todos fossem equânimes na hora da largada. E podemos dizer que são? Podemos dizer que serão someday?
Mas não nos abalemos. Sugiro que cada um que se decepcione com o determinismo desta conclusão, pare de trabalhar feito louco por 2 horinhas e assista a um filminho muito bacana chamado O Mágico de Oz. Não pela Dorothy e seu inseparável trio, nem pela bruxa má do leste ou pelo mágico charlatão. Mas pela mensagem purificadora dessa obra que, em linhas gerais, diz que nada do que nos pode ser tirado pertence realmente a nós.
Deixar-se ser possuído pelas coisas que acreditamos possuir, é o mesmo que deixar de cultivar o que de fato é nosso. Não que o trabalho não seja importante e que muito mais vale ser uma cigarra hippie e violonística sem nenhum vintém. Melhor é pensar que essa cigarra seja remunerada por seu trabalho e que durante o inverno tropical possa mesmo ser contratada para uma temporada em Saint Tropez. E que a formiga possa deixar seu inverno um pouquinho mais alegre ouvindo a amiga popstar no seu mp3 player enquanto descansa do fatigante trabalho da estação passada empanturrando-se com os cereais orgânicos que armazenou.
Isto significa que cada indivíduo é membro atuante de uma comunidade simbiótica e equilibrada, portanto, sustentável. Cada um ocupa o lugar que deseja ocupar por escolha e determinação das próprias atitudes. O que é diferente de ser engrenagem motriz de uma máquina de fazer dinheiro, tempo e felicidade pra alguém que nunca é ele próprio.
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