sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Vinicius, Mary Poppins e um tubo de ensaio

"Quanto mais rimos, mais nos enchemos de alegria.
Quanto maior a alegria, mais feliz o "nós" que nós somos!"

De proporções revolucionárias é a pesquisa publicada hoje pelo British Medical Journal, que afirma que a felicidade (ou infelicidade) é contagiosa e atinge quem está ao redor. Parafraseando a publicação: "A felicidade de uma pessoa depende da felicidade daqueles com quem a pessoa em questão está conectada."

Esta tese lança uma nova perspectiva para o conceito de felicidade, de saúde e de redes sociais. A partir dela a felicidade deverá ser encarada como saúde, como "fenômeno coletivo". O que implica que medidas políticas e sociais devem contemplar esta emoção.

Não admira que a pesquisa nasceu em Londres. Já ouvi dizer que por lá, a preocupação com o coletivo é premissa básica de políticas sociais. Um elemento doente afeta todo o conjunto. Na contramão, um elemento saudável deve ter o mesmo poder. A abordagem positiva da pesquisa também é revolucionária. Observar os aspectos positivos de determinada coisa já fundamenta a construção de uma realidade positiva.

Falar em Londres eu tenho a imagem perfeita disso: vocês que assistiram Mary Poppins vão se lembrar de quando ela vai visitar o tio e ele está voando pela sala de tanto rir, enquanto canta I love to laugh vai contagiando todos os que chegaram de visita e estes, logo quando começam a sorrir tornam-se leves e vão voando juntar-se ao"chá aéreo" do anfitrião.

É tão bom saber que podem provar cientificamente uma coisa que a intuição já diz faz tempo. Trazendo isto para a realidade do cotidiano, todos já sentimos isto. Por mais sutil que pareça, o humor de quem nos rodeia têm enorme influência no nosso próprio humor. Mas não sei se estou certa em definir felicidade como sendo humor... Eu encaro mais como decisão. Como escolha. Todos os dias você pode decidir se quer ser feliz ou não. Taí Vinicius, seus versos têm agora o crivo da ciência: É melhor ser alegre que ser triste!


5 comentários:

  1. não vou comentar o seu blog mais por aqui... prefiro nossas "andanças filosóficas" no parque... nós e nossa querida charlotte cética victoria... :)... mas até que estou começando a gostar dela... pelo menos ela tem um "ponto de vista" sobre minhas visões... ela é hostil, mas tem um ponto de vista! ;) keep up the good work!

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  2. Ok, anônimo! Your choice. Mas pense se no caso a hostilidade não é uma via de mão dupla... só pense;)

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  3. Oi gente, mas é pra comentar do post do blog, não pra falar dessas andanças filosóficas e da "nossa querida charlote", assim não vale...os outros pobres mortais ficam, digamos assim: boiando!
    Agora sobre esse post, Érica, é exato o que pensamos e vivemos, não é! É a tal lei da igual espécie, lei dos semelhantes se atraem, e outros tantos enunciados que ratificam e ratificam essa teoria, linda e romanticamente apresentada por vc!
    Realmente a felicidade contagia, vc sabe que farei chegar ao campo da medicina e das hospitalizações essa comprovação. Isso só vem a auxiliar a luta daqueles que buscam implantar o atendimento humanizado na saúde...
    bjs

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  4. é verdade Rit Marie... sobre todas as coisas que você disse. Agora, uma das mais importantes, sobre sua busca pela humanização na área da saúde, fico feliz que o post tenha auxiliado! Depois me conte o que planeja com isso.

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  5. Caríssima Érica!!!!!!!! Como estás? Saudades de ti moça.
    Pode de deve seguir meu modesto blog!!!
    Cara, gostei muito de seus textos!!!!! Parabéns!!!!!
    Também vou segui-lo e "linka-lo". Beleza?
    Aquele abraço!!!!
    Gustavo

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