quinta-feira, 18 de junho de 2009

2012...

2012



Eu estou arrepiada... não, não é o inverno severo que tem soprado seu frio gélido. Mas o trailer desse filme que vai estrear em novembro por aqui...

As imagens são impressionantemente verossímeis. Imagine o Himalaia sendo encoberto pelo mar e inundando para sempre o Tibete embaixo das águas do apocalipse! É claro que não é nenhuma novidade o ser humano imaginar o fim do mundo... Prova disso são os infinitos filmes e livros sobre o tema que circulam por aí.

A novidade? Bem... nem sempre se consegue audiência sendo inédito... mas o que faz com que um tema tão recorrente quanto este ainda desperte interesse?! Talvez porque seja verdade... mais que isso ... talvez porque não seja tão dificil assim sentir que é possível. Um colapso iminente é previsto e refutado sempre e de novo, mas a verdade é que o tempo todo há coisas nascendo e coisas morrendo. Esta é ordem natural das coisas. Mas nos prendemos, nos fixamos tão solidamente em nossa zona de conforto - nosso mundinho particular - que perdemos a acuidade para enxergar lei tão óbvia.

Prova disso é uma das frases do roteiro que diz que quando perdermos a capacidade de nos ajudarmos, então teremos finalmente perdido nossa humanidade. Será que já não perdemos? Não conseguimos mais compreender a unidade intrínseca ao conceito de ser humano... Desejamos o mal ao próximo sem perceber que isso é desejar o próprio mal. (Talvez fosse o que Jesus quisesse dizer com ame teu próximo... ) E mesmo quem quer entender um pouco, muitas vezes o entende de forma frívola e superficial, querendo crer que exercer a caridade material já basta como prova de altruísmo. Talvez para se entender a idéia de Unidade seja preciso saber que um conceito constrói o outro em mútua simbiose... Sem superiorioridade de um sobre o outro... Não entender isso significa permanecer dentro da bolha do mundinho particular... e permanecer dentro da bolha do mundinho particular significa ser pego de surpresa quando qualquer parede começar a ruir...

Imaginar que uma loteria realizada pelo governo pudesse salvar os sortudos vencedores do colapso final é ter uma visão pueril sobre a forma como a ordem do universo é conduzida... Queremos depositar tanto poder em nossas próprias mãos, mas não queremos ser capazes de fazer com esse poder, o que é preciso ser feito... Nos é difícil compreender que poderes são regidos por leis, e que para manejá-los é preciso se adequar a tais leis...

Ao observar atônitos as imagens tão reais do trailer... devemos lembrar que tudo se movimenta... nada permanece no lugar ... e que é extramente perigoso construir zonas de conforto com limites concretos e seguros demais.

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