terça-feira, 17 de novembro de 2009

Agora eu já sei...


Ha! Achei o máximo essa tira do Ryotiras! Sabe contar piada quem entende que comédia e tragédia são a mesma coisa! Porque se a gente pára pra pensar vê que a solidão muita vezes assombra pelo motivos errados mesmo... E quantos não temem o que chamam solidão, quando na verdade temem a si mesmos? Seus fantasmas? Suas falhas? Seus vazios? E quantos não vivem a vida toda acreditando serem vítimas das atitudes alheias?

Quantos relacionamentos não são baseados em cobranças e julgamentos ao invés de amor e empatia? Falar nisso lembrei de uma palestra linda do semiótico Edward Lopes, em que ele falava sobre o Outro e nossa relação com este Outro. E como esse processo de "espelhar-se" transformava o outro em um "outro eu"... não lembro muito mais, só lembro que essa imagem poética me cativou. E agora, à perspectiva dessa tirinha podemos ver que esse "outro eu" pode ser um repositório dos aspectos negativos que temos mas que não queremos que habite nosso "eu verdadeiro".

Há tantos relacionamentos familiares que se fundamentam nessa troca constante e ininterrupta em que um joga uma falha no colo do outro e, o mais surpreendente, o outro começa imediatamente a carregá-la! E esses comportamentos viciados criam toda uma existência de remorsos e desencanto, de amarguras e tristezas! Tomara que possamos todos aprender que coexistir e conviver não pode ser o resultado de laços que se emaranham dessa forma ao redor das pessoas envolvidas, as prendendo, limitando e tolhendo seus caminhos! Estar junto deve ser uma escolha de companheiros de jornada! Tanto em familia como em sociedade.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Home

Clique na imagem para assistir, porque restringiram a incorporação do vídeo!

O bom de se assistir um filme dirigido por um fotógrafo é poder mergulhar em cada imagem e vivê-la como se fosse uma experiência. Não é babação de ovo, mas ver as imagens estonteantes apresentadas por Yann Arthus-Bertrand no fantástico Home é uma vivência intensa (principalmente se você passa a maior parte dos seus dias confinado em um escritório).

Enfim, o filme é sobre nossa casa: o planeta Terra, sobre quantos milhões de anos levou para se formar e sobre como em milésimos de segundos nós destruimos tanto. Não é novidade... A produção desse tipo de conteúdo é cada dia mais frequente e não é para menos... Em alguns momentos você se sente dentro de Baraka ou Koyaanisqatsi ou mesmo folheando National Geographics! A voz da narradora da versão em inglês tem o poder de te transportar para dentro das imagens... eu não sei explicar, me senti estranhamente envolvida pelo filme!

E desesperada! Falei no último post, de há quase um mês atrás, de como é importante enxergar o lado cheio do copo... De certa forma, Home acaba por pretender isso também. Mas a urgência de sua mensagem fala mais alto. Como paralisaremos o círculo vicioso horrendo da produção/consumo que impusemos ao ciclo natural do planeta?

Quando cada um perceber que mudar a si é o primeiro passo para mudar o mundo, teremos alguma esperança... Anyway, é bom ver a tecnologia do HD trabalhando por uma causa nobre para variar e mostrando algo, com o perdão do niilismo, mais relevante do que todo o besteirol que somos capazes de consumir. E sim, esse post está bem mal humorado!