Fiz amigos na blogosphera!!! Amei conhecer as good news da Isabella Lychowski... Ela coleciona histórias, textos, poemas e opiniões que fazem a gente crer que tem muita gente que ainda compartilha o ideal de ver o mundo mais bonito.
Enfim, através da Bella eu descobri esse simpático velhinho de quem nunca antes tinha ouvido falar (que ignorância)... O psiquiatra austríaco Viktor Frankl, que sobreviveu aos campos de concentração da 2ª Guerra, descobriu que para sobreviver às piores condições era necessário se conscientizar de que a vida abarca um sentido.
A coletânea de textos no Good News conta toda a biografia dele, e para resumir (e obrigar os leitores deste post a ler o blog da Bella) gostaria de comentar o contraponto que Frankl apresenta às teorias freudianas que deram o tom do comportamento cultural de toda uma época.
Viktor diz: "No nosso tempo, já não é o sexo que é reprimido, mas o que é espiritual e religioso. Daí, a falta de sentido, de orientação, e, consequentemente, o tédio e o vazio". Achei isso incrivel, pois observo que isto é realmente o que se passa nos dias de hoje.
É como quando a mãe ou vó da gente diz: Você devia frequentar uma igreja... se apegar com Deus... e damos de ombros pensando talvez na hipocrisia de todas as religiões, ou na hipocrisia de seus fiéis, pensando em onde está Deus no meio do caos que o mundo se tornou... Damos de ombros porque afinal não somos mais crianças para acreditar em fantasias confortáveis sobre o Além e sobre conceitos tão intangíveis quanto a espiritualidade. Dizemos: essa mulher está maluca! coitadinha, me empurrando suas crenças fantásticas sobre Deus e religião quando tudo o que existe neste mundo é só o que podemos ver e a ciência pode provar!
Enfim, este paragráfo mostra toda a repressão que existe em torno do espiritual e desta forma, confirma a teoria de Frankl! Mas, por outro lado, também expõe a visão tão limitada que a humanidade construiu acerca de Deus e das religiões. Isso significa que, dado o panorama, os conselhos das familiares maternas de duas gerações são realmente simplórios... Frequentar uma igreja não traz sentido à vida de ninguém... o que traz sentido é uma pura e cristalina convicção na Verdade, e esta convicção é intrínseca ao conceito de liberdade...
Circula na net uma imagem que diz: "Amanhã fico triste... amanhã! Hoje não... hoje fico alegre!E todos os dias por mais amargos que sejam, eu digo: amanhã fico triste, hoje não!". Se essa frase realmente foi encontrada nas paredes de um dormitório infantil em um campo de extermínio nazista, então Viktor teve companheiros em sua determinação em manter a integridade da alma à despeito do que seu corpo sofreria...
Não creio que Frankl defendia os fanáticos religiosos, mas sim aqueles que pudessem confiar que o universo abrange muito mais do que o plano terreno onde habitamos e que pudesse buscar por si os pilares de um caminho reto onde seguir em segurança e tornar-se, o que imagino que Nietzsche queria dizer com o conceito de Übermensch. (Notem que falo o que imagino que ele queria dizer e não a forma como foi interpretado. É preciso colocar algumas ressalvas no texto do link para compreendê-lo corretamente). Ou para simplificar, atingir o dharma! Mesma história, versões diferentes.
Para não tornar o texto viajético demais: Se para Freud a motivação essencial do ser humano era o prazer, para Frankl é a busca de sentido que faz o homem percorrer os caminhos que percorre. E basta observar um pouquinho que percebemos que esta busca não pode ser satisfeita no nível material apenas... O que acontece é que tornamos a vida tão complicada, cheia de tantas necessidades inúteis, que não sobra tempo nem espírito para nos preocuparmos com o que é realmente importante.
Desconfio que Frankl, se ainda vivesse, ia pregar uma vida simples que fizesse sentido para o indíviduo em questão e não que buscasse fazer sentido para a sociedade que o cerca. E a isso não pode estar associado nenhum egoísmo, pois quando se busca com afinco um sentido que o preencha com plenitude só se pode encontrar o Amor... E o verdadeiro sentido deste conceito, contempla a si da mesma forma que contempla o outro em harmônica e profunda simbiose.
Você pode ler mais sobre ele aqui .
Enfim, através da Bella eu descobri esse simpático velhinho de quem nunca antes tinha ouvido falar (que ignorância)... O psiquiatra austríaco Viktor Frankl, que sobreviveu aos campos de concentração da 2ª Guerra, descobriu que para sobreviver às piores condições era necessário se conscientizar de que a vida abarca um sentido.
A coletânea de textos no Good News conta toda a biografia dele, e para resumir (e obrigar os leitores deste post a ler o blog da Bella) gostaria de comentar o contraponto que Frankl apresenta às teorias freudianas que deram o tom do comportamento cultural de toda uma época.
Viktor diz: "No nosso tempo, já não é o sexo que é reprimido, mas o que é espiritual e religioso. Daí, a falta de sentido, de orientação, e, consequentemente, o tédio e o vazio". Achei isso incrivel, pois observo que isto é realmente o que se passa nos dias de hoje.
É como quando a mãe ou vó da gente diz: Você devia frequentar uma igreja... se apegar com Deus... e damos de ombros pensando talvez na hipocrisia de todas as religiões, ou na hipocrisia de seus fiéis, pensando em onde está Deus no meio do caos que o mundo se tornou... Damos de ombros porque afinal não somos mais crianças para acreditar em fantasias confortáveis sobre o Além e sobre conceitos tão intangíveis quanto a espiritualidade. Dizemos: essa mulher está maluca! coitadinha, me empurrando suas crenças fantásticas sobre Deus e religião quando tudo o que existe neste mundo é só o que podemos ver e a ciência pode provar!
Enfim, este paragráfo mostra toda a repressão que existe em torno do espiritual e desta forma, confirma a teoria de Frankl! Mas, por outro lado, também expõe a visão tão limitada que a humanidade construiu acerca de Deus e das religiões. Isso significa que, dado o panorama, os conselhos das familiares maternas de duas gerações são realmente simplórios... Frequentar uma igreja não traz sentido à vida de ninguém... o que traz sentido é uma pura e cristalina convicção na Verdade, e esta convicção é intrínseca ao conceito de liberdade...
Circula na net uma imagem que diz: "Amanhã fico triste... amanhã! Hoje não... hoje fico alegre!E todos os dias por mais amargos que sejam, eu digo: amanhã fico triste, hoje não!". Se essa frase realmente foi encontrada nas paredes de um dormitório infantil em um campo de extermínio nazista, então Viktor teve companheiros em sua determinação em manter a integridade da alma à despeito do que seu corpo sofreria...
Não creio que Frankl defendia os fanáticos religiosos, mas sim aqueles que pudessem confiar que o universo abrange muito mais do que o plano terreno onde habitamos e que pudesse buscar por si os pilares de um caminho reto onde seguir em segurança e tornar-se, o que imagino que Nietzsche queria dizer com o conceito de Übermensch. (Notem que falo o que imagino que ele queria dizer e não a forma como foi interpretado. É preciso colocar algumas ressalvas no texto do link para compreendê-lo corretamente). Ou para simplificar, atingir o dharma! Mesma história, versões diferentes.
Para não tornar o texto viajético demais: Se para Freud a motivação essencial do ser humano era o prazer, para Frankl é a busca de sentido que faz o homem percorrer os caminhos que percorre. E basta observar um pouquinho que percebemos que esta busca não pode ser satisfeita no nível material apenas... O que acontece é que tornamos a vida tão complicada, cheia de tantas necessidades inúteis, que não sobra tempo nem espírito para nos preocuparmos com o que é realmente importante.
Desconfio que Frankl, se ainda vivesse, ia pregar uma vida simples que fizesse sentido para o indíviduo em questão e não que buscasse fazer sentido para a sociedade que o cerca. E a isso não pode estar associado nenhum egoísmo, pois quando se busca com afinco um sentido que o preencha com plenitude só se pode encontrar o Amor... E o verdadeiro sentido deste conceito, contempla a si da mesma forma que contempla o outro em harmônica e profunda simbiose.
Você pode ler mais sobre ele aqui .
Erica, que lindo! Obrigada, adorei! É verdade, na blogosfera fazemos amigos e não amigos quaisquer. Na blogosfera, fazemos amigos de verdade. É como naquele livro zen, qeu nos ensina que para acertarmos o alvo, não podemos mirá-lo. Chegou a hora do grande vôo dos pássaros que se assemelham. E serão tantos e seremos todos nós. Não amanhã! Seremos hoje. Somos.
ResponderExcluirbeijos, Bella.
É engraçado como aprendemos mais a cada dia! Mais engraçado é ver como pessoas são caixinhas de surpresa, e muitas delas "lindas surpresas". Hoje é um presente, e você o fez mais especial! Adorei! Beijos, Adriana.
ResponderExcluir"A gente não faz amigos, reconhece-os"... A frase não é minha, mas é assim que sinto quando as palavras deste blog encontram eco em outras pessoas! Obrigada pelos comentários tão lindos!
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