Ontem levei filha e sobrinhas para ver a Princesa e o Sapo no cinema! Fora o contexto Barack Obama em que o filme foi lançado... sim, porque pela primeira vez na história a Disney tem uma princesa negra, afro-americana natural da efervescente Nova Orleans dos anos 20! Bom, fora o contexto Barack Obama, eu gostei muito dessa nova forma de contos-de-fadas que vi ontem...
É lógico que Tiana (a princesa do título) não é uma princesa, é uma garota pobre e trabalhadora que sonha abrir o próprio restaurante. Aliás, sonho que herda do pai e pelo qual abre mão das diversões próprias da juventude para se dividir em jornadas duplas de trabalho a fim de juntar todo o dinheiro de que precisa. Só estou salientando esse ponto, porque para quem ainda não percebeu, desde os contos de Andersen e dos irmãos Grimm, o casamento com um príncipe, objetivo final da maioria dos contos de fadas, era a principal forma de ascensão social para a mulher. Uma ascensão que a libertava de serviços e maus tratos domésticos...
A principal novidade que este conto revisitado traz, a meu ver, é o fato de que Tiana não quer se ver livre do trabalho. Pelo contrário, ela acredita que é preciso batalhar muito para chegar lá! Também não acredita que beijar um sapo, na esperança de que vire príncipe seja a solução de seus problemas, ao contrário, dessa vez quem está em busca de um casamento vantajoso para si é o príncipe! O moleque irresponsável e fanfarrão que torra a fortuna da família em farras de jazz pela cidade até que os pais lhe cortam a mesada e desencadeiam o cenário perfeito para que charlatões, como o Homem da Sombra, se aproximem e dêem o bote!
Tá, estou estragando a surpresa de quem ainda não assistiu, mas se quer saber minha opinião sobre o filme pare de ler agora, vá até o cinema mais próximo e depois continue a leitura... Porque não posso evitar continuar falando sobre todas as inovações culturais que esse filminho trouxe. Enfim, é este príncipe folgado e desesperado, agora sem a mesada dos pais, que se deixa ser transformado em sapo... E que convence Tiana a beijá-lo, porque assim pode retomar sua forma e poderá ajudá-la com o sonho do restaurante. O fato é que depois do beijo, é a princesa que vira sapo! E os dois são lançados numa aventura maluca nos pântanos da Louisiana. Conhecem personagens tão simples e singelos que os ajudam em sua jornada. Eu fiquei especialmente comovida com o vagalume Raymond que é apaixonado por uma estrela a quem chama Evangeline e que em sua simplória caipirice dá grandes lições filosóficas, tanto para crianças de 3 anos como para as de 30 aqui!
O clímax: é lógico que a princesa e o sapo se apaixonam em alguma hora do filme. Mas não termina como nos contos de fadas tradicionais em que a princesa segue com seu principe para o mundo dele, no cavalo branco dele! Aqui, Tiana traz o principe para o seu sonho e ele sente-se encorajado a trabalhar e ajuda-la a construir o restaurante. É o trabalho em comum que finalmente os une, e é a primeira vez que vejo a mulher representada como guia que conduz a vontade masculina, enobrecendo-a; e não como um troféu, ou objeto que satisfaça a cobiça dos homens! Eu gostei!!!
É lógico que Tiana (a princesa do título) não é uma princesa, é uma garota pobre e trabalhadora que sonha abrir o próprio restaurante. Aliás, sonho que herda do pai e pelo qual abre mão das diversões próprias da juventude para se dividir em jornadas duplas de trabalho a fim de juntar todo o dinheiro de que precisa. Só estou salientando esse ponto, porque para quem ainda não percebeu, desde os contos de Andersen e dos irmãos Grimm, o casamento com um príncipe, objetivo final da maioria dos contos de fadas, era a principal forma de ascensão social para a mulher. Uma ascensão que a libertava de serviços e maus tratos domésticos...
A principal novidade que este conto revisitado traz, a meu ver, é o fato de que Tiana não quer se ver livre do trabalho. Pelo contrário, ela acredita que é preciso batalhar muito para chegar lá! Também não acredita que beijar um sapo, na esperança de que vire príncipe seja a solução de seus problemas, ao contrário, dessa vez quem está em busca de um casamento vantajoso para si é o príncipe! O moleque irresponsável e fanfarrão que torra a fortuna da família em farras de jazz pela cidade até que os pais lhe cortam a mesada e desencadeiam o cenário perfeito para que charlatões, como o Homem da Sombra, se aproximem e dêem o bote!
Tá, estou estragando a surpresa de quem ainda não assistiu, mas se quer saber minha opinião sobre o filme pare de ler agora, vá até o cinema mais próximo e depois continue a leitura... Porque não posso evitar continuar falando sobre todas as inovações culturais que esse filminho trouxe. Enfim, é este príncipe folgado e desesperado, agora sem a mesada dos pais, que se deixa ser transformado em sapo... E que convence Tiana a beijá-lo, porque assim pode retomar sua forma e poderá ajudá-la com o sonho do restaurante. O fato é que depois do beijo, é a princesa que vira sapo! E os dois são lançados numa aventura maluca nos pântanos da Louisiana. Conhecem personagens tão simples e singelos que os ajudam em sua jornada. Eu fiquei especialmente comovida com o vagalume Raymond que é apaixonado por uma estrela a quem chama Evangeline e que em sua simplória caipirice dá grandes lições filosóficas, tanto para crianças de 3 anos como para as de 30 aqui!
O clímax: é lógico que a princesa e o sapo se apaixonam em alguma hora do filme. Mas não termina como nos contos de fadas tradicionais em que a princesa segue com seu principe para o mundo dele, no cavalo branco dele! Aqui, Tiana traz o principe para o seu sonho e ele sente-se encorajado a trabalhar e ajuda-la a construir o restaurante. É o trabalho em comum que finalmente os une, e é a primeira vez que vejo a mulher representada como guia que conduz a vontade masculina, enobrecendo-a; e não como um troféu, ou objeto que satisfaça a cobiça dos homens! Eu gostei!!!
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