terça-feira, 30 de março de 2010

Carona



Ontem li algo sobre como os seres humanos vivem deitando empecilhos no caminho dos outros, impedindo com isso que todos se elevem... É verdade. Quantas vezes em nosso profundo egoísmo não sobrecarregamos outros e assim os impedimos de florescer em seu próprio desenvolvimento?!

Tempos atrás li algo também que dizia: "Unicamente sozinho cada um poderá tornar-se livre dentro de si mesmo". Fez muito sentido para mim, que em minha jornada pela vida já confundi integração com dependência. Quanta imaturidade!!! No último fim de semana conversei muito com a minha mais especial amiga, a minha mãe, sobre como os julgamentos das pessoas que estão próximas de nós podem determinar quem somos e o quanto isso pode ser danoso e nocivo e que somente uma coragem muito grande pode libertar qualquer um de tais determinismos.

Temos visto o mundo tornar-se caótico. Todas as relações estão em xeque. Relações de trabalho, relações familiares, relações do homem com a natureza, a relação do ser humano consigo mesmo... Tudo para aprendermos a ser realmente livres e elevados. Disso depende não sobrecarregarmos ninguém com nada que não lhes pertence. Disso depende não impedirmos ninguém de tornar-se o potencial que pode ser, determinando seu caminho com julgamentos próprios.

Dia desses assisti também a um filmeco na TV em que uma mulher tenta aprender essa lição sobre encontrar-se em si mesma e não nos papéis que desempenha dentro das relações que mantém. Digo filmeco porque não era nenhuma obra-prima do cinema e era tão cheio de clichês bobos que quase nem assisti até o final. Mas um dos diálogos que salva a história de ser um mero romance barato, foi a fala de um monge beneditino, ainda em dúvida sobre consagrar seus votos. Ele diz algo assim: "Às vezes eu vivencio Deus como esse maravilhoso Nada. E então parece que o sentido da vida é apenas descansar nele. Contemplá-lo, amá-lo e eventualmente desaparecer nele. E então, outras vezes, é o oposto disso. Sinto Deus como uma presença que envolve tudo. Venho aqui e parece que o Divino se movimenta sem cessar. E sinto como se a Criação fosse esta Dança que Deus está fazendo e que tudo o que temos de fazer é acertar nosso passo com ela."

O que tem a ver com o que disse acima?! Tem que realmente sinto que cada um deve buscar sem desânimo, o lugar que ocupa nessa dança sem se impor a nada ou ninguém... E então torna-se possível encontrar aí um pouco de Felicidade! Porque será sua, só sua.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Whatever you think...


Quer você pense que consegue ou que não consegue, estará certo! Essa frasezinha anda rondando meus pensamentos e a cada vez que penso a respeito, faz mais sentido. Nossa realidade é construída através do que acreditamos. São nossas convicções que servem de matéria à consolidação dos cenários que nos envolvem.

Tudo o que dizemos e fazemos, até o modo como nos posicionamos fisicamente, são reflexos do que acreditamos intimamente. São ecos do que cultivamos em nosso interior. Parece óbvio, mas nem sempre é tão fácil perceber que nossa infelicidade decorre do fato de não termos bem alinhados pensamentos e atitudes. Quanta confusão deixaria de existir se todos agissem conforme prometem. Não apenas o que prometem aos outros, mas principalmente o que prometem a si mesmos.

Nas últimas semanas tenho enfrentado um grande medo! Tenho pedido coragem para enfrentá-lo e tenho confiado que tal coragem brotaria em mim apenas porque eu acreditava ser possível. Ela surgiu. Ouvi muitos "clics" de coisas se encaixando, e descobri que o medo faz com que deixemos de ser honestos com nós mesmos. O medo nos obriga a criar álibis para que não precisemos nos movimentar e assim, sair de nossa bolha. A zona de conforto que, muitas vezes, ganha essa alcunha por ser paradoxalmente desconfortável. Sim... porque há sempre aqueles que justificam tudo o que não fazem e que não são com lamentações que surgem e crescem à partir do pavor que carregam. Um medo que começa a ter muitos nomes, apenas para não se chamar mais "medo". E então passa a se chamar "mentira".

São esses, os que chamamos "vítimas", que quando olham para si e não gostam do que vêem, tratam de buscar um outro, ou alguma outra coisa, a quem responsabilizar por suas falhas ou restrições. Sentem-se confortáveis assim. É uma forma de não avançarem ou se arriscarem e permanecerem "seguros" dentro da imutabilidade/previsibilidade de seus caminhos.

Porém quando tomamos para nós a responsabilidade individual para com nossa própria vida, então abre-se um mundo de possibilidades. Tudo de repente, "tem jeito". Tudo é possível. Tudo pode dar certo! São vivências assim que transformam todos os nossos esforços de auto-afirmação em verdadeira confiança. Somente quando nos posicionamos como donos de nossa própria vida, é que podemos enxergar claramente que mesmo as circunstâncias mais aterradoras serão válidas se as enfrentarmos com coragem.

É bem possível que quando nos dispusermos a enfrentar a vida com tanta confiança as coisas tornem-se cada vez mais difíceis. E então, muitos podem desanimar... achando que deveriam é tornarem-se mais fáceis... mas aí não faria sentido! A confiança que acompanha a coragem que decidimos sentir não torna nada mais fácil, mas com certeza torna tudo bem mais leve! E a leveza é que nos possibilita enfrentar bravamente tudo o que vier. Ela atesta que estamos sendo verdadeiramente honestos conosco e por isso, ao invés de criar barreiras e paredes com os inputs que a vida traz; criaremos pontes, estradas, chão e uma série de elementos que prometem aventuras imprevisíveis na jornada pelo desenvolvimento. É só o que garante que de fato, estaremos vivendo a vida!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Tic Tac

And you run and you run to catch up with the sun, but it's sinking

O tempo! Tenho pensado sobre ele... mas não pensem que seja uma crise existencial de meia idade antecipada. No rodapé deste blog, está lá a citação do Tolkien: Tudo o que nos cabe é decidir o que fazer com o tempo que nos foi concedido, é a lição mais valiosa que Gandalf ensinou ao hobbit Frodo Bolseiro. Daí fui ao teatro dias atrás, assistir a Alma Imoral, e depois de ficar bem tonta com os labirintos textuais entre os conceitos extremos que Nilton Bonder criou para justificar um nova linguagem que realmente compreenda a natureza humana, guardei a seguinte frase: "E quantos de nossos esforços e sacrifícios são, na verdade, 'oferendas' ao nada?"

Aliás, que fiquei surpreendida durante o espetáculo porque descobri que já tinha citado Bonder aqui no blog, uma historinha de um rabino e um homem rico que encontrei na coluna do Eugenio Mussak, da Vida Simples. Tinha esquecido... guardei a história e deixei o nome do livro e autor totalmente esquecidos... talvez a meia idade esteja chegando mesmo! Anyway, por falar em Eugenio Mussak, no começo do ano ele escreveu sobre a passagem do tempo. E a conclusão dele sobre nossa ansiedade sobre o tema, sobre seu efeito irreversível e sobre nossa insatisfação, eu guardei também. Ele diz: "Nossa paz com o tempo é diretamente proporcional à paz que estabelecemos com nossas escolhas e decisões." O que nos leva de volta ao Tolkien, Gandalf e a epopéia da Terra Média...

Mas eis que hoje recebo um email falando desse geólogo visionário que reúne física quântica e profecias ancestrais para dizer coisas interessantíssimas sobre a inversão do sentido de rotação da Terra e seus pólos magnéticos e como poderemos vivenciar o mundo a partir do ponto zero. O tal cientista chama-se Greg Braden e estuda fenômenos como respostas remotas em tempo real do DNA aos estímulos emocionais. O que prova que tudo na matéria são irradiações da vontade e que há uma energia que conecta a todos. O que isso tem a ver com o tempo?! Em resumo bem leigo, parece que ao nos aproximarmos desse Ponto Zero, o tempo parecerá acelerar-se. E quando finalmente a inversão for consolidada, então tudo o que pensarmos ou desejarmos irá se manifestar muito mais rapidamente. A reciprocidade será sentida de forma imediata e a intenção terá um papel preponderante na vida e relações humanas.

Junte com isso o fato de que "qualquer resultado que possamos imaginar e cada possibilidade que sejamos capazes de conceber, é um aspecto que já está criado e existe no presente como um estado adormecido de possibilidade", e então perceberemos que acessar o invisível à partir de nossas vibrações é trazer para o plano físico algo que já existe em algum outro nível, causando intervenções na matéria. Se isso começar a acontecer de forma imediata, então será fácil perceber as ligações entre causa e efeito e tornar-se consciente delas.

Em física quântica, o conceito de quarta dimensão serve para definir o "eterno agora"; porque passado, presente e futuro não encontram-se mais organizados de forma linear (medidinhos e quantificados pela "inteligência" humana de até então). São aspectos conjuntos de um mesmo instante, uma "tríade temporal" que compõe uma evolução da consciência. Afinal, para sobreviver em tal mundo, conforme configurado por Braden, é fundamental amadurecer individualmente esta consciência espiritual de se saber responsável por suas escolhas e decisões, (já que elas imediatamente manifestam-se na matéria), para sintonizá-las nas freqüências certas. Que o nosso DNA se expanda quando irradiamos amor, alegria e gratidão e que se retraia, apagando códigos de sua sequência, quando sentimos medo ou raiva; é mero detalhe material para uma transformação que já foi prometida há eras atrás, desde dimensões muito além das racionalmente conhecidas.