terça-feira, 26 de maio de 2009

Nós somos aqueles que esperamos



Os Hopi, são índios americanos do Arizona, e seu nome é uma abreviação de Hopituh Shi-nu-mu, que significa "Povo Pacífico". Este conceito está profundamente enraizado em sua cultura e religião: consideram-se irmãos de todos os povos e não praticam guerras. Ser um hopi significa esforçar-se por atingir um estado de total reverência e respeito por todas as coisas, estar em paz com elas e viver de acordo com as instruções do Criador da Terra.

Organizam-se em clãs matriarcais e tradicionalmente são artesãos talentosos e agricultores de subsistência altamente habilidosos. A trilogia de Godfrey Reggio apresenta títulos extraídos do idioma hopi: Koyaanisqatsi, Powaqqatsi e Naqoyqatsi. Bom, mas o motivo porque estou falando deles hoje é por causa do texto a seguir que encontrei aqui, o texto fala por si e imagino que cada um que o ler será capaz de identificar na própria alma os grandes temas tratados nele.

Você tem dito às pessoas que esta é a décima primeira hora.

Agora você precisa voltar e dizer-lhes: Esta é a hora.

E precisa dizer-lhes que há coisas que precisam considerar:

Onde você está vivendo?

O que está fazendo?

Que relações está mantendo?

Está na relação certa?

Onde está sua água?

Conheça seu jardim.

É tempo de dar voz à sua Verdade.

Criar sua comunidade.

Ser bons uns com os outros.

E não procurar por um líder.

Este pode ser um bom momento.

Existe um rio que flui muito rápido agora.

É tão imenso e veloz que muitos o temerão.

Eles tentarão se agarrar à margem.

Sentirão que estão sendo despedaçados, e sofrerão enormemente.

Saiba que o rio tem um destino.

Os sábios disseram que temos que abandonar a margem, atingir o meio do rio,

manter nossos olhos abertos e nossas cabeças acima da água

Ver quem está lá conosco e celebrar.

Neste momento da História, não podemos deixar que nada atinja nosso lado pessoal.

Muito menos, nós mesmos.

Sempre que o fazemos, nosso crescimento e jornada espiritual ficam estagnados.

O tempo do lobo solitário acabou.

Unam-se!

A palavra "esforço" deve ser banida de sua atitude e de seu vocabulário.

Tudo o que fizermos agora precisa ser feito de maneira sagrada e em celebração.

Nós somos aqueles que estávamos esperando!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Voice and failure

Clique na imagem para ver o video


Sumida eu né?! Espero que vocês, meu escasso mas fiel público, não tenham morrido de saudades!

Bom queria compartilhar uma coisa que aconteceu esse fim de semana! Fui fazer um curso de Planejamento, Compra e Gestão de Mídia Online e, apesar de ter um conteúdo bem específico da área, ficaram alguns pensamentos e insights que bem se alinham à filosofia desse blog.

Como por exemplo isso: "Poucas empresas se preocupam em investir e principalmente medir os resultados de suas campanhas. A internet possibilita avaliar em profundidade o consumidor, pois possui ferramentas que dizem como ele encontrou seu anuncio ou site, quando entrou, quanto tempo ficou, o que fez por lá, que horas acessou... enfim, aspectos que a mídia offline jamais poderia contemplar. Essa possibilidade faz com que seja muito fácil criar soluções realmente eficazes de comunicação, mas a pergunta é: temos coragem de medir nossos erros para encontrar o caminho para o acerto?"

E a verdade é que a maioria não tem coragem de olhar para a Verdade!
Transpondo para a vida real do cotidiano... muitas vezes (na maioria delas) não temos coragem de aplicar métricas que nos contem o quão equivocados estamos e que por isso deveríamos mudar o caminho. E assim continuamos equivocados ad infinitum... E acontece que só falhamos para que possamos acertar (que o diga Michael Jordan), e se não temos coragem de medir falhas significa que também não temos coragem de acertar!

Outra pérola do curso: "Vivemos a era da transparência, se temos o poder big brother sobre o consumidor, ele também tem acesso e controle da informação e busca apenas o que lhe interessa" As redes sociais dão voz a quem antes só ouvia... É, com certeza um mundo mudado. E se, por um lado, parece tão horrível viver a distopia do 1984, também é magnífico saber que sua voz importa e que é possível ser ouvido e fazer alguma diferença. Então seria interessante que essa característica nova não se limitasse apenas ao âmbito do consumo mas a tantas outras instâncias. E para isso há que se ser um sujeito profundo e há que se buscar conhecimento. Há que se buscar a verdade para fincar na alma, convicções claras e genuínas.

Por falar em voz, queria também compartilhar a tocante campanha da ONU que foi apresentada no workshop. O desafio deles era: em tempos de paz, como convencer as pessoas de que é necessário continuar contribuindo? A ação, veiculada na Australia, que integra mídias on/offline consiste em diversos posters "falantes" com rostos anônimos que, com o apelo "Ouça-me", incentiva as pessoas a fotografar com o celular a boca daquelas rostos e enviar como mensagem de texto para um número impresso no cartaz. Através de tecnologia de reconhecimento de imagem, a pessoa logo recebe uma ligação em que aquele rosto conta sua historia. O teaser era: "Pela primeira vez, mídia impressa que fala" e o mote da campanha é "Dando voz a todos".

United Nations 'Voices' from The Hyperfactory on Vimeo.


Nesse video você pode ver como a campanha impactou os australianos e de simples publicidade, tornou-se um meio de interação que faz com que as pessoas possam se tornar menos egoístas, nem que seja por um instante, dando ouvidos a histórias de outras pessoas. Pessoas que ninguém nunca quer ouvir, pois afinal são retratos de fracassos sociais! E se não temos coragem de ouvir nossos fracassos...

E aqui vc pode ver o hotsite da campanha e ouvir todas as histórias e, inclusive, gravar a sua própria! Se é que ela é assim mesmo tão dramática...